Assembleia geral na próxima terça-feira (11) debate cortes no orçamento

O governo federal anunciou mais um corte na educação. Mas os estudantes e educadores do IFB não vão aceitar que a instituição seja ainda mais penalizada pelo desrespeito do atual presidente com o ensino, a pesquisa e a ciência.

Por isso, o Sinasefe Brasília convoca assembleia para a próxima terça-feira (11) às 19h. Na ocasião, vamos discutir sobre a mobilização pelo orçamento e contra Bolsonaro no segundo turno do processo eleitoral.

Convidamos todas e todos para participar da atividade.

Em breve, divulgaremos o link.

Estado de mobilização | Servidores do IFB aprovam comitês de luta em assembleia

Realizada de forma híbrida, nesta quarta-feira (06), a assembleia do Sinasefe Brasília deliberou pela construção de uma série de ações para conscientizar a categoria da importância de lutar, junto aos outros setores do serviço público, pela recomposição salarial, uma vez que o governo Bolsonaro não demonstrou nenhuma disposição em negociar com os trabalhadores.

O coordenador do Sinasefe Brasília, Lucas Barbosa, explica que o percentual de reajuste reivindicado pela categoria corresponde à inflação do governo Bolsonaro, com base no IPCA, e reiterou que, embora na mídia tenha sido divulgada uma perspectiva de 5% de aumento salarial em junho, a verdade é que, de forma concreta, não há previsão nenhuma que o boato se torne realidade.

“A greve já está começando em algumas categorias, como os servidores do Banco Central, INSS, alguns Ministérios e Universidades, que estão em processo de mobilização”, informou Lucas.

Dimitri Assis, que também é coordenador da Seção Sindical, salientou os prazos curtos para qualquer negociação com o governo por tratar-se de um ano eleitoral. O sindicalista também afirmou que no trabalho de panfletagem que a diretoria do Sindicato realizou nos últimos dias, foi possível perceber uma insatisfação geral dos servidores com as perdas inflacionárias. “A gente percebeu um desespero na categoria, existe uma indignação”, avaliou.

Encaminhamentos

Por unanimidade, a assembleia deliberou pela criação de comitês de mobilização espalhados pelos 10 campi do IFB, para pulverizar os materiais produzidos pelo Sindicato e aumentar o diálogo com a base.

Além disso, por demanda dos servidores, a Seção vai cobrar da reitoria, mais segurança sanitária e a disponibilização de máscaras em todos os campi, além de alguns equipamentos cuja necessidade surgiu no retorno presencial, como por exemplo, microfone de lapela para os docentes que têm dificuldade em ser ouvidos com o uso da máscara, e a própria distribuição das mesmas em larga escala.

Também foram eleitos os delegados e um observador para participar do 34° Congresso Nacional do Sinasefe, que acontece em Brasília de 12 a 15 de maio.

Em plenária, servidores do IFB organizam-se para participar das lutas nacionais

“Temos um longo calendário pela frente. Hoje a gente começou a pregar faixas de boas vindas nos campi e também sobre a campanha salarial unificada dos servidores públicos, que  congrega vários setores do serviço público com uma reivindicação unitária, que é a reposição da inflação no governo Bolsonaro até dezembro de 2021, contabilizada em 19,99%”, afirmou o coordenador do Sinasefe Brasília, Dimitri Assis, no início da Plenária realizada virtualmente na noite desta segunda-feira (28). 

Com o objetivo de ouvir as servidoras e servidores do IFB sobre as melhores estratégias de mobilização e luta, a seção sindical realizou o encontro, que começou às 19h. Dimitri também já adiantou que haverá assembleia presencial, no dia 07/04, no campus Brasília, para debater a campanha e outros assuntos de interesse da categoria. 

Lucas Barbosa, também coordenador do Sinasefe Brasília, sintetizou as últimas lutas conjuntas do serviço público. “As categorias estão fazendo uma vigília na porta do Ministério da Economia, por causa desse movimento, pela primeira vez o governo recebeu os representantes. Nessa reunião o governo falou que não tem dinheiro, e que poderia negociar pautas que não têm impacto financeiro. Depois, o governo pediu até o dia primeiro de abril para responder sobre a possibilidade de negociação”, explicou.

O sindicalista informou ainda que o Sinasefe Nacional aprovou o estado de greve e que alguns órgãos públicos já iniciaram o movimento paredista. 

Retorno presencial e disposição da categoria 

Com a retomada das atividades presenciais, alguns dos servidores presentes acreditam que será mais fácil conversar com os colegas e conscientizar sobre a necessidade de mobilização, não apenas para a campanha salarial mas também outras pautas importantes neste momento de carestia e retirada de direitos. 

Paulo Cabral, servidor do IFB campus Planaltina e delegado sindical, afirmou que acredita que a maioria dos colegas ainda estão se organizando para o retorno presencial. A partir disso, o professor sugeriu que o sindicato utilize a semana pedagógica para informar mais pessoas sobre a campanha salarial e a pauta dos servidores. 

O servidor Mauro Oliveira também acredita que a retomada das atividades presenciais vai impactar parte da categoria que estava em casa. Mauro ponderou ainda que é necessário mostrar cada vez mais para as pessoas a importância do sindicato. “Há colegas que tem doutorado, mestrado, mas quando se fala da importância do sindicato para a categoria não entendem, o trabalho que o sindicato faz afeta a vida das pessoas, mesmo aquelas que não são filiadas. É fundamental que a categoria esteja unida para enfrentar os desafios que estão postos”, afirmou  

Ao fim da plenária, foi definido um grupo de servidores que vai auxiliar o Sinasefe Brasília na distribuição de materiais, divulgação das atividades e nas conversas nos campi.