Sinasefe Brasília e outras entidades convocam ato contra a reforma administrativa

Na próxima segunda-feira (1°), uma série de organizações trabalhistas realizam uma carreata contra a Reforma Administrativa em Brasília. A concentração começa às 12h, na praça do Buriti. Em seguida, os manifestantes realizam o percurso até o anexo II da Câmara dos Deputados, onde o ato se encerra, às 14h. 

O projeto da Reforma Administrativa, que está em pauta na Casa, ameaça conquistas históricas dos servidores públicos, como a estabilidade. Além disso, a proposta também compromete a prestação de serviços para a população, uma vez que precariza e enfraquece as instituições públicas, além de abrir espaço para perseguição política e assédio moral dentro do funcionalismo. 

“Alô servidor e servidora do Instituto Federal de Brasília, tenho um convite importantíssimo para fazer. Teremos um ato contra a reforma administrativa.  Esse ato é importante para tentar barrar mais essa monstruosidade feita pelo desgoverno Bolsonaro. Já sofremos com a Emenda Constitucional 95, do teto de gastos, a reforma trabalhista, a reforma da Previdência que praticamente acaba com  o direito de milhões de brasileiros de se aposentarem é agora temos a reforma administrativa, que se passar significa o fim do serviço público”, explica o professor Dimitri Assis, do campus São Sebastião. 

“Acabaram com a estabilidade abrindo brechas para o favorecimento de apadrinhados, rachadinhas e funcionários fantasmas, ou seja, acaba com a independência dos servidores perante os governos de plantão. Não deixe que mais esse ataque aos servidores públicos e a sociedade passe. Sua presença é bastante importante para esse ato que vai marcar a retomada da mobilização dos servidores e servidoras para combater esse nefasto governo de Jair Messias Bolsonaro. Até segunda-feira, vamos à luta, companheirada”, convoca Dimitri. 

Jornada Nacional de Lutas se encerra com uma carreata em Brasília

“A educação não se vende, se defende”. Essa era uma das faixas que se destacaram durante a manifestação que aconteceu na manhã desta quinta-feira (10), quando representantes de entidades estudantis, trabalhistas e movimentos sociais realizaram uma carreata que saiu do Palácio do Buriti e seguiu até a Praça dos Três Poderes. A atividade encerra a semana nacional de lutas contra a Reforma Administrativa, por democracia nas Instituições Federais de Ensino (IFES) e pela manutenção do auxílio emergencial.
“Foram várias entidades reunidas contra essa Reforma, que na verdade vai prejudicar a população, sobretudo a mais vulnerável, que precisa desses serviços. Se lutamos por um Estado de direitos, garantias e qualidade de vida para todos, precisamos de um serviço público de qualidade”, afirma a coordenadora do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha, que esteve presente na atividade.
Além das faixas, cartazes e palavras de ordem, a manifestação contou com uma apresentação teatral, onde era explicado como o governo Bolsonaro avança em uma necropolítica que desfavorece a população ao desmontar os serviços públicos essenciais, que garantem a vida, a saúde, e a educação de milhares de brasileiras e brasileiros.
“Durante essa semana realizamos uma série de atividades em Brasília para defender os serviços públicos e a democracia das nossas Instituições. Na quarta-feira (09), fomos para a porta do MEC para exigir que o ministro nos recebesse, mas ele tem medo dos estudantes, tem medo da democracia e tem medo dos reitores que foram eleitos e representam a voz da sua comunidade. Hoje (10), a gente encerrou as nossas atividades com uma carreata que saiu do Palácio do Buriti e veio até o Congresso Nacional, encerramos nosso ato na Praça dos três Poderes para dizer não à reforma administrativa é às intervenções autoritárias, golpistas do Bolsonaro nas Universidades e Institutos Federais, para defender o direito à vida, a educação, a ciência, a pesquisa, os direito do povo. A nossa luta está só começando”, explicou o coordenador geral da Fenet, Caio Sad.
Após um momento de falas e exibição de cartazes em frente ao Palácio do Planalto, a atividade se encerrou e contou com manifestações de apoio dos carros que passavam pela Esplanada.