Senado aprova Estatuto do(a) Intérprete de Libras e matéria vai à sanção

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (20/09), o Estatuto do(a) Intérprete de Libras (PL 5614/2020 no Senado e PL 9382/2017 na Câmara). A medida trata do exercício profissional e das condições de trabalho dos(as) tradutores(as), guias-intérpretes e intérpretes de Libras. O SINASEFE e a seção sindical Assines comemoram essa aprovação, uma conquista histórica dos(as) trabalhadores(as) que tramitou por mais de seis anos no Congresso Nacional.

Importância do PL

Felipe Oliver, coordenador geral da seção sindical Assines do SINASEFE, comenta com alegria a aprovação do PL e destaca itens relevantes para o segmento. “É um projeto que visa benefícios importantíssimos pra categoria, como as 30h semanais, como revezamento quando atendimento posterior a uma hora, a questão da formação do intérprete nível superior” ressalta Felipe.

“Este foi um projeto feito à muitas mãos, amplamente debatido, fruto das lutas de trabalhadores(as) da área, e que teve a colaboração de vários e várias parlamentares, como a deputada Erika Kokay (PT-DF), a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), o ex-deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), a deputada Rosinha da Adefal (Avante-AL), dentre outros(as)” comenta o coordenador.

O SINASEFE passou o dia em mobilização no Congresso para garantir a aprovação do PL. As plantonistas Elenira Vilela (coordenadora geral) e Rita Gil (secretária-geral), junto com o plantonista de base, Márcio Costa (seção sindical Rio Pomba-MG) estiveram em comissões, em reuniões nos gabinetes e no Plenário. “O projeto foi aprovado por unanimidade, em comissão e em plenário. A articulação para garantir a aprovação, no mesmo dia, na comissão em Plenário, algo raríssimo, contou com o apoio do senador Weverton Rocha (PDT-MA)” comentou Elenira Vilela.

Reforma Administrativa: proposta que pode desmontar o Estado avança na Câmara

Apesar dos esforços da oposição, que tentou retirar de pauta e barrar ainda na CCJ o debate sobre a PEC 32, a proposta foi admitida, por 39 votos a 26, na tarde desta terça-feira (25). Agora, uma Comissão Especial será instaurada para continuar a discutir o projeto, que representa uma verdadeira bomba para o funcionalismo público e o Estado brasileiro.
A sessão de hoje foi marcada por uma completa inoperância dos deputados da base do governo, que insistiram em argumentos que já foram desmentidos várias vezes, como a ineficácia do serviço público e o combate aos “privilégios”.
“Daqui para a frente, Bolsonaro e seus ministros podem ganhar de 40 a 60 mil reais, é os deputados governistas vem aqui reclamar do servidor público que ganha 5 mil?”, questionou a deputada federal Perpétua Almeira (PCdoB/AC).
Talíria Petrone (PSOL/RJ), pontuou que o momento enfrentado pelo país pede mais investimento público para enfrentar as consequências da pandemia e não a completa destruição do serviço público proposta pela PEC. “Ontem chegamos a marca de 450 mil vidas perdidas pela pandemia do coronavírus, não só pela pandemia mas por uma gestão genocida do presidente Bolsonaro”, afirmou.
A deputada também pontuou que mesmo os países mais liberais estão investindo no aumento do Estado para o enfrentamento à pandemia e o Brasil caminha na direção oposta do resto do mundo. “Mas a história vai cobrar de vocês que estão destruindo o Estado brasileiro nesse momento de crise”.
Após a discussão na Comissão Especial, a PEC 32 será apreciada pelo plenário da Câmara em duas sessões e se aprovada, segue para tramitação no Senado.

PEC 32: Admissibilidade da proposta deve ser votada nesta quinta-feira (19)

Em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), a PEC 32, que trata da Reforma Administrativa, pode avançar na Casa ainda essa semana.
A princípio, a admissibilidade da proposta seria votada nesta segunda-feira (17), mas graças a um pedido de vista coletivo, a PEC pode permanecer sem ser apreciada por mais duas sessões da Comissão. Apesar disso, a expectativa é que a votação aconteça na quinta-feira (19), com o fim deste prazo regimental. 

O deputado Darci de Matos, relator da proposta que pode desmantelar o funcionalismo público no país, leu parecer pela admissibilidade da matéria na CCJ. De acordo com o documento, apenas dois pontos da PEC devem ser retirados para que a mesma continue tramitando no Congresso. O primeiro, trata da proibição de que servidores de carreiras típicas de Estado exerçam outra atividade remunerada e o segundo do trecho que concede super poderes ao Executivo no que diz respeito à extinção de autarquias e fundações. 

Caso a proposta passe pela CCJ, será analisada por uma comissão especial e em seguida pelo plenário. Se aprovada, a PEC segue para análise do Senado Federal.  

DF na luta: Frente Parlamentar é lançada para combater PEC 32

Na manhã desta quinta-feira (13), o Sinasefe Brasília participou do lançamento da Frente Parlamentar Distrital contra a Reforma Administrativa. O evento aconteceu de forma virtual e reuniu alguns dos principais sindicatos de servidores públicos federais e distritais, como o ANDES, o Sindicato dos Bancários e o Sinpro/DF.

Além disso, também participaram deputados que apoiam a causa, de fundamental importância não apenas para as categorias do funcionalismo, mas para toda a sociedade.

Um dos pontos da Reforma Administrativa que é altamente prejudicial inclusive para os servidores que já estão na ativa é a perda da estabilidade. “Nós que somos servidores sabemos a importância disso. A estabilidade empodera o servidor, que pode enfrentar o chefe imediato quando ele tem alguma conduta ilegal ou imoral. É a estabilidade que garante a possibilidade de enfrentar o governo, de denunciar, passar informações públicas para que a imprensa tenha acesso e possa informar a sociedade. A perda desse direito é um ataque direto ao estado brasileiro. Quem governa esse país não tem compromisso com as políticas de estado, por isso precisamos garantir articulação, envolvimento e compreensão dos servidores, fundamental para que a gente consiga garantir a mobilização necessária ao enfrentamento à reforma administrativa e essa frente se propõe a ser um espaço político importante para isso”, afirmou o deputado Fábio Felix, idealizador da Frente que já conta com o apoio de outros parlamentares.

Conjunto de ataques

O coordenador do Sinasefe Brasília, Lucas Barbosa, iniciou a fala prestando solidariedade às famílias que perderam algum ente querido durante o que chamou de “barbárie conduzida pelo genocida que está no poder”. O sindicalista também afirmou que essa frente distrital é um instrumento que ajuda na articulação tanto a nível distrital quanto federal, pois é preciso organizar o enfrentamento ao conjunto de ataques tanto do governador Ibaneis Rocha quanto do presidente Jair Bolsonaro.

“Do ponto de vista dos trabalhadores do IFB, estamos enfrentando uma série de ataques destinados à Educação Federal. Foi editada recentemente uma portaria que aumenta a carga horária de ensino. Na prática, isso causa um desprestígio à pesquisa e extensão, realizada majoritariamente pelos Institutos e Universidades Federais. Além disso, o nosso instituto está enfrentando um corte de 18% no orçamento, o que significa que, se estivéssemos atuando em condições normais, não teríamos dinheiro para pagar as contas de água, luz e o salário dos terceirizados”, explicou Lucas.

O coordenador do Sinasefe Brasília explicou que, nesse momento, o orçamento deveria ser aumentado para garantir auxílio aos estudantes de baixa renda que sofrem com a falta de acessibilidade.

“O governo quer colocar que os profissionais de educação ganham muito bem, mas um auxiliar de educação da nossa carreira tem o vencimento de R$1300. É uma carreira que ganha menos que a iniciativa privada, esse discurso de que a Reforma seria um combate aos privilégios é um fiasco. Não existe compromisso nenhum em modernizar o Estado, todos nós prestamos um serviço de excelência que o governo quer desmontar e entregar para a iniciativa privada”, afirmou o sindicalista.

Lucas Barbosa encerrou destacando a necessidade de construir mais espaços de unidade entre as categorias de servidores, para construir atos unificados nas ruas e dividir recursos para realizar uma ampla campanha contra a PEC 32, utilizando todos os recursos midiáticos possíveis.

A Proposta voltará a ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados na próxima semana, onde os deputados avaliam se a PEC possui admissibilidade para ser encaminhada à votação.

Os mitos da Reforma Administrativa: Porque a PEC 32 pode destruir o serviço público

Na noite dessa segunda-feira (22), o IFB realizou uma live abordando a PEC 32, que trata da Reforma Administrativa. O debate contou com a participação do deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF), que desmistificou a proposta e explicou porque a mesma pode destruir o serviço público e retirar direitos de todos os servidores, inclusive aqueles que já estão na ativa.

“Hoje temos uma PEC 32 que é apenas mais um passo do pacote de maldades e vilanização do serviço público que têm sido feitos nos últimos anos. Na crise da pandemia ficou evidente que o governo e que as elites pretendem colocar a conta para os servidores públicos pagarem. Tivemos recentemente a votação da PEC emergencial, que foi associada ao pagamento do auxílio emergencial como uma forma de chantagear o congresso, o governo acabou dizendo que se não tirássemos dos servidores não haveria recursos para os mais pobres. E com o país entrando em convulsão econômica, sanitária, política por conta da pandemia e da má gestão, o congresso acabou caindo nessa chantagem”, afirmou o deputado.

Ataque feroz à Constituição

O professor Israel, que hoje preside a Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público, explicou que a PEC 32 ataca ferozmente a espinha dorsal do serviço público brasileiro, alterando a Constituição Federal de 1988 (CF) de uma maneira muito voraz. “A PEC altera 27 trechos da Constituição, introduz 87 novos trechos, 4 novos artigos, ou seja, muda todo espírito da CF no que diz respeito ao serviço público”, afirmou.

O deputado destacou ainda como a Proposta traz uma profunda insegurança às Instituições públicas, pois autoriza o poder executivo a extinguir órgãos e cargos por meio de um simples decreto. “A UNB por exemplo, poderia ser extinta por uma canetada. O texto é um retrocesso de dois séculos, voltamos ao pior tempo de império”, afirma.

Estabilidade: garantia do estado democrático

O parlamentar explicou que a falácia do governo de que a PEC só atingiria novos servidores é uma estratégia para desmobilizar o serviço público e facilitar a tramitação da Proposta.  “Ela ataca um dos pilares do serviço público que é a estabilidade, uma coisa que foi planejada justamente para evitar que o Brasil continuasse a ser um país patrimonialista. A Constituição iniciou uma mudança lenta e gradativa, mas efetiva, hoje o apadrinhamento é muito menor do que era no tempo da ditadura militar, justamente porque a Constituição estabeleceu como regra do serviço público a estabilidade”, explicou Israel.

Ele também destacou que o fim da estabilidade atinge sim os servidores que já estão na ativa, pois institui a avaliação de desempenho, que é uma armadilha que pode ser usada inclusive para aumentar o assédio moral dentro do serviço público. Além disso, o servidor pode ser demitido pela primeira decisão colegiada e não com o trânsito em julgado, que é o que acontece atualmente. “Não temos medo de avaliação, mas temos pavor a perseguição”, afirmou o parlamentar.

“A estabilidade é a garantia para os servidores que eles não precisarão agir sob pressão política, vão poder agir de acordo com a Lei. Se essa PEC já estivesse em vigor, aquele guarda civil que deu uma bronca no desembargador porque ele estava sem máscara, teria sido demitido. Os cientistas que denunciaram um aumento de 593% no desmatamento e nas queimadas do pantanal, também teriam sido demitidos. Então, a estabilidade não é um privilégio do servidor, mas uma garantia democrática”, concluiu.

Estratégias de mobilização

O coordenador do Sinasefe Brasília, Lucas Barbosa, conclamou, durante a live, que todos os servidores dos Institutos Federais comecem a se mobilizar contra essa proposta. No momento atual, essa pressão aos parlamentares deve ser feita por meio das redes sociais de cada uma e de cada um deles. “É preciso que nós, servidores públicos, façamos esse serviço de esclarecer a sociedade e pressionar os parlamentares”, explicou o sindicalista. Lucas também informou que amanhã (24/03) é o dia nacional de luta contra a Reforma Administrativa, onde as entidades representativas dos servidores públicos iniciam uma grande campanha contra a PEC 32 e em defesa do estado brasileiro. 

A reitora do IFB, Luciana Massukado, leu, ao fim da atividade, uma carta aberta em defesa do serviço público que foi publicada hoje e pode ser lida integralmente aqui.

Direitos em risco: PEC emergencial está pauta no Senado

Não é de hoje que o governo Bolsonaro realiza diversas tentativas de retirar direitos dos trabalhadores. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186, que será apreciada no Senado Federal amanhã (25), foi apresentada pela primeira vez ainda em 2019. Agora, o governo pretende aprovar a Proposta com o pretexto de que ela é necessária para que o auxílio emergencial volte a ser pago. 

A PEC vai na contramão do combate à pandemia, pois pode reduzir a carga horária e os salários dos profissionais que estão desempenhando um papel fundamental no combate ao Coronavírus. Além dos servidores da saúde, que já estão sobrecarregados atuando na linha de frente da prevenção, combate, tratamento e conscientização sobre o Covid-19, a proposta  também atinge os educadores, que já tiveram gastos redobrados para adquirir equipamentos, mantê-los em funcionamento e adequar-se ao ensino remoto. Também vale lembrar que no último ano, com a inflação em alta, os alimentos básicos sofreram um reajuste estarrecedor nos preços. A soja, por exemplo,  aumentou 94,1% e o arroz, 69,5%. 

Mais do que o corte de até 25% nos salários e jornada dos servidores, a Proposta também pode congelar concursos, proibir contratações, progressões e criação de despesa. Na prática, se a PEC for aprovada, sobretudo em um contexto de crise sanitária, os serviços essenciais à população serão ainda mais precarizados exatamente no momento em que precisam ser fortalecidos. “A proposta também impacta no plano de carreira, porque estabelece o fim das promoções e progressões e congelamento de salários até 2024. Estas medidas se somam à redução de mais de 6 milhões no orçamento do IFB para 2021”, alerta o coordenador do Sinasefe Brasília, Lucas Barbosa. 

Para Lucas, a desvinculação do orçamento da educação, previsto no parecer substitutivo da PEC 186/19, impacta diretamente no funcionamento do IFB. Isso porque, a PEC limita as despesas no momento em que as instituições educacionais precisam de mais recursos. “Esses recursos seriam necessários para adequar a infraestrutura em ambiente de pandemia, com a necessidade de ampliar a contratação de profissionais de limpeza, compra de álcool em gel e desinfecção dos locais de trabalho, além de recursos para assistência estudantil e recursos tecnológicos”, alerta o sindicalista. 

Em virtude da dificuldade em realizar o corpo a corpo com os parlamentares devido à pandemia, o Sinasefe Brasília orienta a categoria a entrar em contato com os senadores eleitos pelo Distrito Federal, cobrando que os mesmos se posicionem contrários a essa proposta.
Segue abaixo os contatos dos senadores. 

Izalci Lucas – PSDB/DF

(61) 3303-6049 / 6050

sen.izalcilucas@senado.leg.br

https://www.facebook.com/izalci

https://www.instagram.com/izalci/

Leila Barros – PSB/DF

(61) 3303-6427

sen.leilabarros@senado.leg.br

leiladovolei@gmail.com

https://www.facebook.com/leiladovolei

https://www.instagram.com/leiladovolei/

https://twitter.com/leiladovolei

Reguffe – PODEMOS/DF

(61) 3303-6355

sen.reguffe@senado.leg.br

reguffe@hotmail.com

https://www.facebook.com/reguffeoficial

https://www.instagram.com/reguffe_oficial/

https://twitter.com/Reguffe

O Senado Federal abriu uma enquete sobre a matéria. Clique aqui e vote não: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=139702

Reforma administrativa || A destruição como política prioritária do governo

Ao invés de considerar os 68 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro (Sem Partido), o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), acredita que a prioridade para esse semestre é dar “celeridade” à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, que trata da Reforma Administrativa.  A PEC foi encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta terça-feira (09).

Apresentada pelo Executivo em setembro do ano passado, a Proposta modifica a própria administração pública e o vínculo com os servidores. Isso acontece porque a proposta prevê o fim do Regime Jurídico Único, que é responsável por garantir direitos e vantagens aos servidores, como seguridade social, estabilidade, licença- gestante e aposentadoria, por exemplo. Além disso, o regime também dispõe sobre o ingresso (por meio de concurso), as responsabilidades e as formas de vacância do serviço público, como exoneração e demissão.

Com a extinção desse regime, a PEC 32 cria cinco novos vínculos de contratação, criando uma diferenciação entre os servidores, dividindo ainda mais as categorias e abrindo espaço para mais assédio moral, instrumentalização do funcionalismo e acúmulo de poder no governo federal, que poderá extinguir autarquias e fundações por meio de decreto.

“Não há como os servidores atuais não serem atingidos. Existe (na PEC) a facilitação na extinção de mais cargos, a previsão que não pode ter redução de jornada sem redução salarial. Por se tratar de uma PEC, exige dois turnos para aprovação na Câmara e Senado. A Proposta retira o protagonismo do Estado na prestação dos serviços públicos. Só com a mobilização necessária e com  atuação junto aos parlamentares será possível barrar essa Reforma. Estão aniquilando a Constituição Federal de 1988¨, analisa Valmir Floriano, da Assessoria Jurídica Nacional (AJN) do Sinasefe.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, lançou uma nota técnica sobre a PEC 32. Clique aqui e tenha acesso a essa análise.

Tramitação

Caso o projeto seja aprovado pela CCJ, uma comissão especial será criada para analisar o mérito da proposta. Com o aval desta Comissão, a PEC passará por duas votações no plenário da Câmara e se for aprovada, segue para a análise do Senado Federal. Para que a Reforma Administrativa seja encaminhada ao Senado, é necessário que pelo menos 308 dos 513 deputados federais sejam favoráveis à proposta.

Mobilização

É necessário que haja pressão dos servidores e da população em geral com o objetivo de barrar o projeto ainda na Câmara dos Deputados. Para a coordenadora do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha, todas as formas de protesto devem ser utilizadas nesse momento. “Sejam atos presenciais (com as medidas de proteção) ou atos virtuais, precisamos estar atentos às atividades que estarão acontecendo em Brasília. Também é preciso estar em constante diálogo com as outras entidades representativas dos servidores públicos e com a nossa comunidade. A greve também pode ser um instrumento a ser utilizado nessa luta, então vamos realizar assembleias e discutir essa possibilidade com a categoria. Não podemos deixar passar mais esse retrocesso, já temos que lidar com a PEC do teto de gastos, com a reforma previdenciária, se a reforma administrativa passar, será o fim da prestação de serviços públicos de qualidade para a população e isso é o mínimo que se pode esperar do Estado. Precisamos defender as nossas instituições e os direitos de toda a sociedade nesse momento”, afirma.

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público vai entrar com uma nova ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar o projeto.

Eleições sindicais: Chapa eleita toma posse nesta segunda-feira (08)

A nova diretoria que coordenará os trabalhos do Sinasefe – Seção Sindical Brasília no próximo período, foi eleita nessa quinta-feira (04) com 96,8% dos votos. O pleito eleitoral foi realizado virtualmente, e contou com a participação de 63 servidores sindicalizados.

Na próxima segunda-feira, a chapa “Organizar, Lutar e (R)existir”, toma posse por videoconferência. O horário da cerimônia ainda será definido.

Vaneide Leitte, membro da comissão eleitoral, divulgou o resultado do processo durante a assembleia que aconteceu na noite de ontem. A servidora afirmou que foi muito gratificante trabalhar na comissão e perceber o interesse das pessoas pelo Sindicato.

“Quando a gente começou a espalhar o link das eleições percebemos que muitos colegas queriam saber quem estava na chapa e isso é muito bom porque às vezes a gente acha que as pessoas não estão preocupadas com tudo o que está acontecendo, com a situação do coletivo dos servidores do IFB. Foi muito bom participar e contribuir com esse processo”, afirmou Vaneide. 

Organizar, Lutar e (R)existir 

Confira os membros da chapa eleita para conduzir os trabalhos da seção sindical no período de 2021 e 2022: 

Diretoria 

CargoServidor/a
Coordenação geralRepresentante dos/as docentesLucas Barbosa de Melo (Docente CTAG)
Representante dos/as técnicosDimitri Assis Silveira (Docente CSSB)
Secretaria geralElizabeth Leandro (TAE CREM)
TesourariaHenrique Rennó Zanata (Docente CSSB)
Secretaria de política e formação sindicalMaria del Pilar Tobar Acosta (Docente CSSB)
Secretaria de imprensa e divulgaçãoCamila Tenório Cunha (Docente CSSB)
Secretaria de assuntos legislativos e jurídicosDanielle Valverde (TAE CSSB)

Plano de trabalho 

A coordenação eleita elaborou um plano de trabalho com diretrizes para o mandato que se inicia. O documento é baseado nos eixos a seguir: 

  • Condições dignas de trabalho – salubridade; sem vacina, sem retorno; contra o ponto eletrônico; enfrentamento aos assédios; 
  • Defesa dos direitos adquiridos – contra cortes
  • Defesa dos direitos dos/das terceirizados/as
  • Defesa Direitos das mulheres – mães trabalhadoras; enfrentamento aos assédios; formação lideranças femininas 
  • Regulação do teletrabalho – recursos materiais, tempos de trabalho, celulares e equipamentos institucionais; 
  • Formação política – formação lideranças femininas/feministas; formação de delegados/as sindicais; formação em comunicação Advocacy Journalism, formação redes sociais, internet; letramento comunitário/trabalho de base
  • Defesa e fortalecimento do SINASEFE – banca de filiação nos encontros unificados; nas posses coletivas; aumento do número e da participação dos/as sindicalizados/as; representação e legitimidade da entidade de classe
  • Aprimoramento e fortalecimento das redes de Comunicação – com servidores/as (docentes, TAE e terceirizados/as); com discentes; com comunidade (letramento comunitário); com sindicatos da educação (SINPRO DF, ADUNB, ANDES, SINASEFE Colégio Militar, entorno, entre outros);
  • Defesa e fortalecimento das lutas da classe trabalhadora articuladas – ação regional, nacional e internacional; internacionalismo sindical 
  • Lutar pela contratação de novos servidores 
  • Lutar pela democratização do IFB

Em breve divulgaremos mais informações sobre a cerimônia de posse.