Em Brasília, o Grito dos Excluídos ecoa: Fora, Bolsonaro!

“Quero saudar todas e todos que têm coragem de ir para a rua contra essa onda fascista e golpista!”, foi assim que o coordenador do Sinasefe Brasília, Lucas Barbosa, começou a sua fala no carro de som do 27° Grito dos Excluídos, que aconteceu na manhã desta terça-feira (07), na Torre de TV. A atividade reuniu militantes de diversas frentes, trabalhadores, servidores públicos, estudantes, dentre muitos outros.


A despeito das ameaças antidemocráticas dos apoiadores do governo, que também foram às ruas pedir intervenção militar, fechamento do STF e (ironicamente) criminalização dos movimentos sociais, a população organizada realizou uma atividade consistentemente, amplamente representativa e com muitas pautas de luta, como a defesa do serviço público, dos povos indígenas, dos direitos da população e pelo impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido).


Os militantes utilizaram máscaras de proteção, álcool em gel e mantiveram-se no local da concentração até 12h. Com carros de som, cartazes, palavras de ordem, batucadas e performances, pediram pelo fim da política econômica do governo, que tem levado milhares de brasileiros à miséria, ao desemprego e à morte.

“Quero fazer uma saudação especial ao povo negro, aos povos indígenas, às mulheres, à população LGBTQI+ que veio para as ruas nesse dia de hoje dizer: Ditadura, nunca mais! Do lado de cá estão aqueles que defendem a vida, a democracia, os direitos do povo brasileiro”, afirmou o deputado distrital Fábio Félix (PSOL).

A dirigente do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha, lembrou que a construção dos Institutos Federais significou uma abertura de possibilidades para os filhos da classe trabalhadora. “Todo o tempo esse governo sucateia as Universidades e Institutos Federais, agora estão tentando fragmentar os campi para retirar a autonomia. Precisamos continuar nas ruas em defesa da educação e dos direitos do povo brasileiro”, afirmou a sindicalista.

Muitas entidades também defenderam a construção de uma greve geral contra as ofensivas do governo Bolsonaro, ainda esse ano.

7 de Setembro | Excluídos gritam: Fora Bolsonaro!

Com o tema “Vida em primeiro lugar”, o 27° Grito dos Excluídos, que acontece no próximo dia 07, terá um papel ainda mais importante no contexto vivido em nosso país. A Covid-19, que hoje enluta quase 580 mil famílias brasileiras, escancarou para todo o mundo a inoperância e a indiferença do governo Bolsonaro. Se antes da pandemia, eram diárias as ameaças à democracia e as retiradas de direitos, depois que o isolamento social tornou-se necessário para a manutenção da vida, o governo aproveitou para intensificar os ataques à classe trabalhadora, aos movimentos sociais e principalmente à população mais vulnerável, que ficou totalmente desamparada. 

O desemprego, a fome, a falta de políticas públicas e o atraso proposital na compra e distribuição de imunizantes, aumentaram o abismo social entre os brasileiros. Ao mesmo tempo em que a população sofre com o aumento dos preços de itens básicos para a sobrevivência, os empresários ficam cada vez mais ricos. Em meio a essa conjuntura, aos poucos e com todos os cuidados, o povo voltou a ocupar as ruas e praças do país para exigir o impeachment de Bolsonaro. Milhares de brasileira e brasileiros participaram, no último período, de grandes manifestações movidas pela necessidade de garantir direitos básicos -vida, pão, vacina e educação- e continuam em luta contra o genocídio em curso no país. Nessa conjuntura, o grito dos excluídos – mobilização popular que defende os direitos dos menos favorecidos – incorpora a pauta pelo impeachment do presidente da república. 

“A mobilização acontece na data em que historicamente se comemora o Dia da Independência, essa que o Brasil nunca teve de fato. Neste novo neoliberalismo temos a uberização do trabalho, ou seja, uma situação pior ainda de exploração humana. Nunca o Grito dos Excluídos se fez tão necessário,  pois desde o golpe em 2016 só perdemos direitos “, afirma a dirigente do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha. 

“Com a chamada PEC da morte, o congelamento dos gastos públicos, a saúde e a educação perderam muito. Como promover uma sociedade com cidadania, qualidade de vida para todos, se somente os bancos e empresas privadas são ajudados,  enquanto para a população tudo fica precarizado? Como ter qualidade de vida sem boa educação,  saúde,  lazer e com super exploração do ser humano? Querem zumbis que de tão Excluídos que estão que não tenham forças nem para lutar. Contudo, a história tem se mostrado ao contrário,  os Excluídos das terras se organizaram, os Excluídos de moradias se organizaram, os super explorados se organizaram. Portanto, o Grito dos Excluídos serve para lembrar aos poderosos que os oprimidos, Excluídos, estão vivos e lutam por justiça social,  terra e pão”, explica Camila. 

As organizações que compõem o Grito dos Excluídos ainda estão em fase de deliberação sobre o local e horário da atividade este ano. Em breve, informaremos mais detalhes. 

IMPEACHMENT: “Superpedido” de afastamento do presidente Bolsonaro é entregue em Brasília

Um conjunto de movimentos sociais, partidos políticos, organizações sindicais, pessoas físicas, dentre outros, protocolaram nesta quarta-feira (30), um pedido coletivo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
Parlamentares de esquerda, centro, direita, antigos aliados do presidente e até mesmo aqueles que se elegeram com a então popularidade de Bolsonaro assinaram o documento, que lista 23 crimes cometidos pelo chefe do Executivo, além de reunir os argumentos dos mais de 100 pedidos de impeachment ignorados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).
Dentre as infrações cometidas pelo presidente da República, estão as irregularidades na compra da vacina indiana Covaxim, investigadas na CPI da Covid, além de crimes contra a existência da União, do livre exercício dos poderes legislativo e judiciário, contra direitos políticos individuais e sociais, contra a segurança interna, contra a probidade da administração, dentre outros.
A dirigente do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha, afirma que o ato simbólico foi cheio de indignação pela corrupção do governo Bolsonaro, que, segundo ela, resultou na quantidade alarmante de mortes por Coronavírus.
“A elite sempre foi corrupta, na ditadura os militares tentaram esconder uma epidemia de meningite, porque queriam sempre vender a imagem de Brasil bonito e perfeito. Mas agora além da negação e mentira, comprovadamente nossa vida valia menos que um dólar para este governo. Houve corrupção na negação de compras de vacinas oferecidas num valor bem mais acessível pelos próprios laboratórios porque o interesse do governo era super faturar em cima do sofrimento dos brasileiros”, analisa.
No próximo sábado (03/07), o povo volta às ruas para pedir o Fora Bolsonaro, a vacinação em massa e o fim das políticas do governo, que estão levando milhares de brasileiros ao desemprego, à fome e à miséria.

Solidariedade: Militantes brasileiros realizam ato contra truculência do governo colombiano

Na manhã desta quinta-feira (06), movimentos sociais realizaram ato em apoio à população colombiana, que sofre com as duras represálias do governo de Iván Duque. A atividade, que aconteceu em frente à Embaixada da Colômbia, repudia a violência policial que já ceifou a vida de dezenas de pessoas. A população protesta contra  a Reforma Tributária do governo, que privilegia empresas e aumenta a arrecadação de impostos da população. Por isso, movimentos sociais, sindicatos e outros segmentos da sociedade estão nas ruas desde o dia 28 de abril. 

Já foram registrados mais de mil casos de violações, 77 registros de uso de arma de fogo contra os manifestantes e 34 mortes. O projeto de reforma do governo, além de penalizar a população e privilegiar pessoas jurídicas, aumenta os impostos indiretos, como o da gasolina, que passaria de 5% para 19%. Até a taxa sobre os funerais sofreria aumento se a proposta fosse aprovada. 

“A reforma num país que é cuidado por uma elite é o estado e mínimo, é sempre sacana para o povo ao invés de fazer, por exemplo, a taxação de grandes fortunas, a reforma que eles fizeram lá vai empobrecer ainda mais a população que já sofre com a crise econômica potencializada pela pandemia”, explica a dirigente do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha, que esteve presente na atividade. 

“Eu vou falar não só como dirigente do Sinasefe, não só como militante petista de base, mas como mulher em solidariedade às mulheres colombianas que estão sendo violentadas pela violência policial de lá, vou falar também em solidariedade àqueles que apesar da fome, da pandemia, do COVID, estão lá lutando, vou falar contra o governo criminoso da Colômbia, capacho do capital estrangeiro dos Estados Unidos, Fora, Ivan Duque!”, discursou Camila durante a atividade. A dirigente sindical também lembrou a situação do nosso país, cujo presidente ignora a população mais vulnerável desde o início da pandemia, negando-se a assinar decretos ou projetos que protejam as famílias da miséria, da falta de moradia e do desemprego nesse momento de fragilidade. 

O Sinasefe Brasília defende a liberdade democrática de manifestação. Todas as populações devem ter o direito de decidir sobre o próprio destino sem sofrer represálias que nesse caso estão sendo levadas ao limite máximo: o assassinato pelas mãos do Estado. Somos contrários a toda e qualquer violência que visa calar a classe trabalhadora, os movimentos sociais e a população em geral. 

Foto: Kátia Garcia.

Sinasefe Brasília e outras entidades convocam ato contra a reforma administrativa

Na próxima segunda-feira (1°), uma série de organizações trabalhistas realizam uma carreata contra a Reforma Administrativa em Brasília. A concentração começa às 12h, na praça do Buriti. Em seguida, os manifestantes realizam o percurso até o anexo II da Câmara dos Deputados, onde o ato se encerra, às 14h. 

O projeto da Reforma Administrativa, que está em pauta na Casa, ameaça conquistas históricas dos servidores públicos, como a estabilidade. Além disso, a proposta também compromete a prestação de serviços para a população, uma vez que precariza e enfraquece as instituições públicas, além de abrir espaço para perseguição política e assédio moral dentro do funcionalismo. 

“Alô servidor e servidora do Instituto Federal de Brasília, tenho um convite importantíssimo para fazer. Teremos um ato contra a reforma administrativa.  Esse ato é importante para tentar barrar mais essa monstruosidade feita pelo desgoverno Bolsonaro. Já sofremos com a Emenda Constitucional 95, do teto de gastos, a reforma trabalhista, a reforma da Previdência que praticamente acaba com  o direito de milhões de brasileiros de se aposentarem é agora temos a reforma administrativa, que se passar significa o fim do serviço público”, explica o professor Dimitri Assis, do campus São Sebastião. 

“Acabaram com a estabilidade abrindo brechas para o favorecimento de apadrinhados, rachadinhas e funcionários fantasmas, ou seja, acaba com a independência dos servidores perante os governos de plantão. Não deixe que mais esse ataque aos servidores públicos e a sociedade passe. Sua presença é bastante importante para esse ato que vai marcar a retomada da mobilização dos servidores e servidoras para combater esse nefasto governo de Jair Messias Bolsonaro. Até segunda-feira, vamos à luta, companheirada”, convoca Dimitri. 

Jornada Nacional de Lutas se encerra com uma carreata em Brasília

“A educação não se vende, se defende”. Essa era uma das faixas que se destacaram durante a manifestação que aconteceu na manhã desta quinta-feira (10), quando representantes de entidades estudantis, trabalhistas e movimentos sociais realizaram uma carreata que saiu do Palácio do Buriti e seguiu até a Praça dos Três Poderes. A atividade encerra a semana nacional de lutas contra a Reforma Administrativa, por democracia nas Instituições Federais de Ensino (IFES) e pela manutenção do auxílio emergencial.
“Foram várias entidades reunidas contra essa Reforma, que na verdade vai prejudicar a população, sobretudo a mais vulnerável, que precisa desses serviços. Se lutamos por um Estado de direitos, garantias e qualidade de vida para todos, precisamos de um serviço público de qualidade”, afirma a coordenadora do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha, que esteve presente na atividade.
Além das faixas, cartazes e palavras de ordem, a manifestação contou com uma apresentação teatral, onde era explicado como o governo Bolsonaro avança em uma necropolítica que desfavorece a população ao desmontar os serviços públicos essenciais, que garantem a vida, a saúde, e a educação de milhares de brasileiras e brasileiros.
“Durante essa semana realizamos uma série de atividades em Brasília para defender os serviços públicos e a democracia das nossas Instituições. Na quarta-feira (09), fomos para a porta do MEC para exigir que o ministro nos recebesse, mas ele tem medo dos estudantes, tem medo da democracia e tem medo dos reitores que foram eleitos e representam a voz da sua comunidade. Hoje (10), a gente encerrou as nossas atividades com uma carreata que saiu do Palácio do Buriti e veio até o Congresso Nacional, encerramos nosso ato na Praça dos três Poderes para dizer não à reforma administrativa é às intervenções autoritárias, golpistas do Bolsonaro nas Universidades e Institutos Federais, para defender o direito à vida, a educação, a ciência, a pesquisa, os direito do povo. A nossa luta está só começando”, explicou o coordenador geral da Fenet, Caio Sad.
Após um momento de falas e exibição de cartazes em frente ao Palácio do Planalto, a atividade se encerrou e contou com manifestações de apoio dos carros que passavam pela Esplanada.