Carreiras: debate pela reestruturação avança em âmbito nacional

O Sinasefe definiu que vai defender a carreira única para docentes e técnicos administrativos. A decisão foi tomada durante o Encontro Nacional do Grupo de Trabalho (GT) Carreiras, instaurado com o objetivo de levantar as propostas que serão debatidas com outras entidades que representam a categoria em âmbito nacional e posteriormente serão levadas para mesa de negociação com o governo federal. 

“Somos trabalhadores na educação na mesma instituição, por isso defendemos a  carreira única, para que os trabalhadores sejam valorizados em sua inteireza, claro que resguardando as especificidades, mas elas não significam que os salários precisam ser diferentes. Se as formações são iguais, os salários devem ser iguais, levando em conta, claro as especificidades do fazer profissional”, explicou o dirigente do Sinasefe Brasília, Dimitri Assis, que representou a seção no encontro nacional dos GT’s. 

A luta pela reestruturação das carreiras dos técnicos administrativos e docentes da rede federal já vem de muitos anos, porém, essa e outras pautas foram sumariamente ignoradas pelos governos pretéritos, que recusaram-se até mesmo a sentar com as representações dos servidores para debater a recomposição da inflação do período em que a categoria ficou sem reajuste. Agora, a retomada da mesa permanente de negociações com o governo federal abre a possibilidade de discutir essa e outras pautas de interesse dos servidores. 

Confira abaixo a minuta da proposta de reestruturação do GT Carreiras do Sinasefe:  

Brasília será palco de jornada nacional de mobilizações

Construída por organizações como o Sinasefe e a Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet), a jornada nacional de lutas contra a reforma administrativa, em defesa do auxílio emergencial e da democracia e autonomia das IFEs, começa em Brasília a partir desta terça-feira (08). A mobilização conta com uma série de atividades virtuais e presenciais. Amanhã, haverá uma reunião com as reitoras e reitores que foram eleitos, mas não foram empossados em Instituições Federais de Ensino, seguida por um ato virtual. Na quarta e na quinta-feira (09 e 10/12), haverá atividades no Congresso Nacional, no Ministério da Educação e uma carreata que terá início no Palácio do Buriti e seguirá pela Esplanada dos Ministérios.

“Atualmente são 18 reitoras e reitores que foram eleitos, mas não foram empossados. Desses, 15 são de Universidades Federais, dois de Institutos Federais (IFRN e IFSC) e um do CEFET do Rio de Janeiro”, explica o coordenador da Fenet, Caio Sad.

Para o estudante, essa é apenas uma das ameaças do governo Bolsonaro à democracia e autonomia das IFES.  “Além de passar por cima do processo eleitoral indicando quem ele bem entende para assumir o cargo de reitoria, ele ameaça de várias outras formas a autonomia universitária e a democracia.  Quando diz que os estudantes são idiotas úteis, quando diz que todo estudante e drogado, que a Universidade não serve para nada, que é lugar de balbúrdia. Ameaça à democracia das nossas instituições cortando investimento, pois assim, a Universidade tem menos autonomia para fazer o que ela acha que é melhor, para desenvolver pesquisa, ensino e extensão”, destaca Caio.

“Os próximos três dias são muito importantes. Vamos desenvolver uma lista grande de atividades, no MEC e no Congresso Nacional vamos acompanhar os reitores eleitos e não empossados em algumas discussões. No Congresso estamos articulando uma audiência pública para divulgar a nível parlamentar essa pauta da autonomia universitária e da democracia nas Instituições”, afirma o coordenador da Fenet.

Caio defende que é necessário a população estar cada vez mais organizada para enfrentar os ataques do governo Bolsonaro e garantir que haja democracia nas decisões que afetam os trabalhadores, os estudantes e a sociedade em geral.  “Organizados já obtivemos várias vitórias. Nos IFS, as MPs 914 e 979, que iam alterar a forma de fazer o processo eleitoral nos IFs foram derrubadas com a nossa mobilização nas ruas e nas redes. Quando a gente se organiza, pressiona, vai à luta, a gente consegue defender os nossos interesses. Esse governo que é um gigante com pés de barro, é fraco e com a mobilização popular podemos derrubar esse governo. Nós da Fenet defendemos que não basta conquistar essas pautas, mas fazer uma luta para derrubar o governo e construir em seu lugar um governo popular, onde quem decida sobre a educação sejam os estudantes, os professores, os técnicos administrativos, onde quem decida sobre as cidades seja quem vive nas cidades, onde quem decida sobre a saúde sejam os médicos, os enfermeiros, aqueles que usam o serviço público de saúde. Defender um governo popular é defender a democracia nesse país”, conclui Caio Sad.

O Sinasefe Brasília participará de algumas das mobilizações da agenda nacional de lutas. Acompanhe as nossas redes sociais e tenha acesso a cobertura das atividades.

Entidades que participaram da construção da jornada de lutas:

  • Andes-SN
  • ANPG
  • Fasubra Sindical
  • Fenet
  • Fonasefe
  • Frente Parlamentar de Apoio aos Conselhos Profissionais de Classe
  • Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos Federais
  • Frente Parlamentar Mista do Serviço Público
  • SINASEFE
  • Ubes
  • Une