Mais de 30 cidades ao redor do país registraram atos pelo afastamento do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) ao longo do fim de semana. Impulsionadas pelo colapso na saúde pública e o descaso do governo com a população, as atividades aconteceram em sua maioria por meio de carreatas, respeitando assim o distanciamento social.
Para os manifestantes, as posturas do presidente estão diretamente ligadas à evolução da pandemia no Brasil. A exigência de vacinação para todos e a defesa do SUS foram alguns dos pontos em comum das mobilizações. Em Brasília, o sábado e o domingo foram repletos de atividades, como relata o coordenador da Fenet, Caio Sad.
“Sábado teve a carreata que estava bastante cheia. Certamente haviam mais de 500 carros. A carreata foi bem grande, saindo da Torre de TV, percorreu a Esplanada dos Ministérios e em seguida a Asa Norte e a Asa Sul”, afirma o estudante.
No domingo, a entidade que representa os estudantes do ensino profissional e tecnológico, realizou uma atividade de denúncia em relação a aplicação do ENEM, que esse ano promoveu ainda mais desigualdades entre os estudantes, uma vez que a população mais carente não teve a mesma possibilidade de se preparar para a prova.
“Nós da Fenet estivemos na porta de um dos locais de realização da prova com cartazes, panfletos para dialogar sobre essa situação que vivemos no governo Bolsonaro. No fim da tarde, ocorreu um ato na praça dos três poderes com algumas dezenas de pessoas com a mesma pauta em defesa do SUS, da vacinação e da vida”, conclui Caio Sad.
Atualmente, 57 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro tramitam na Câmara dos Deputados. O deputado Baleia Rossi (MDB), um dos candidatos que podem assumir a presidência da casa após o mandato de Rodrigo Maia, afirmou, nesse domingo (24), que caso seja eleito, vai analisar “com equilíbrio” os pedidos de afastamento do presidente.