Carga horária docente, ponto dos técnicos e retorno presencial gradativo foram alguns dos pontos debatidos entre o Sinasefe Brasília e a reitoria do IFB em reunião que aconteceu na manhã desta sexta-feira (10), por videoconferência. Além desses temas, também foi abordado o uso dos e-mails institucionais pelo Sindicato e o pagamento do RSC.
O coordenador do Sinasefe Brasília, Dimitri Assis, apresentou os pontos de pauta e as principais preocupações do Sindicato, logo no início da conversa. “A portaria 983, que também acredito ser uma preocupação da gestão, traz essa disparidade entre hora-aula e hora-relógio, aumentando o tempo de aula e prejudicando o tripé ensino, pesquisa e extensão, que é fundamental para as nossas Instituições”, afirmou.
A reitoria informou o Sindicato que, no segundo semestre letivo de 2021, será instaurada uma comissão para estudar essa portaria e caso ela não seja revogada, como utilizar a autonomia dos Institutos a fim de não permitir que haja retrocesso nos direitos dos docentes e na qualidade de ensino ofertada pelo Instituto. A seção Brasília irá compor essa comissão.
Uma pauta de reivindicação histórica do Sinasefe é a flexibilização do ponto eletrônico para servidores TAE’s, para que os mesmos sejam tratados com isonomia em relação aos docentes.
“Eu percebo no meu campus o quanto essa questão gera estresse nos técnicos, que por muitas vezes têm que ficar na fila para bater o ponto do horário do almoço preocupados com alguns minutos”, relatou o coordenador do Sinasefe Brasília, Lucas Barbosa.
Sobre essa questão, o pró-reitor de gestão de pessoas, José Anderson de Freitas, afirmou que, embora não haja, segundo ele, possibilidade de extinguir o ponto eletrônico, aconteceu a aprovação de uma resolução que muda o foco do número de horas trabalhadas para a entrega de resultados. “O documento está num processo de homologação para ser assinado e tornar-se público. Tem um passo adicional que é a criação de um sistema que trate disso, o IF goiano está trabalhando nesse módulo e acenou uma possível entrega para o final de setembro, assim, poderemos implementar de fato um programa de gestão muito parecido com a resolução 31”, afirmou.
Outro ponto recorrente nas reuniões entre sindicato e reitoria diz respeito ao acesso aos e-mails institucionais dos servidores para envio de comunicados importantes da seção sindical, como assembleias e ações mais contundentes. Sobre essa pauta, apesar do intenso debate sobre o caráter institucional do Sindicato, o acordo possível inicialmente é de que a reitoria vai encaminhar uma nota de serviço onde os servidores que tiverem interesse em receber comunicados do Sinasefe Brasília poderão acessar um formulário e informar os endereços eletrônicos à seção sindical.
Sobre o pagamento dos exercícios anteriores, embora tenha sido informado que o Ministério da Economia é quem decide sobre a prioridade e o orçamento destinado a isso, a reitora do IFB, Luciana Massukado, se dispôs a tentar um diálogo com o ministério para buscar informações sobre prazos para o pagamento dessa dívida aos servidores do IFB.
Já em relação ao retorno gradativo, a reitoria reafirmou o compromisso de manter o diálogo aberto e de condicionar qualquer atividade presencial à imunização de todos os envolvidos.