Mais uma vez, o governo Federal deixou claro que não quer atender às reivindicações dos servidores públicos. Na tarde desta sexta-feira (1°), durante reunião com as representações da categoria, ao invés de iniciar as negociações da campanha salarial, os representantes do ministério da Economia criticaram a forma com que os sindicatos se posicionam e não deram nenhuma perspectiva de recompor as perdas inflacionárias dos servidores, que já chegam a mais de 19,99% no governo Bolsonaro. Este é o percentual que a categoria reivindica, mas como explica o dirigente do Sinasefe Brasília, Dimitri Assis, o prazo apertado, por se tratar de um ano eleitoral, impossibilita que esse reajuste seja concedido.
“Um dos prazos, que é na primeira quinzena de abril, trata do aumento que excede a inflação, seria os 19,99%, porque a ideia é conseguir a recomposição das perdas inflacionárias de todo o período do governo Bolsonaro. Aí tem outro prazo em junho, que é até 180 dias antes do fim do mandato, até essa data, pode ser aprovado um aumento que não exceda a inflação do período, que seria apenas do último ano”, explicou o dirigente do Sinasefe Brasília, Dimitri Assis.
A dirigente nacional do Sinasefe, Elenira Vilela, esteve presente na reunião com os representantes do governo e relatou o que aconteceu. “Viemos ouvir uma resposta do governo porque ele anunciou que diria se ia abrir ou não negociação neste dia 1° de abril. Era mentira, como esperado e o que eles fizeram foi tentar empurrar para as nossas costas a responsabilidade sobre a administração pública”, relatou.
A sindicalista afirmou ainda que não há perspectiva de reajuste, a não ser para as categorias que têm algum tipo de relação política com o governo. “A conclusão geral é que a gente vai arrancar qualquer coisa do governo Bolsonaro fazendo greve. A gente tem que entender que a luta pelos nossos direitos é a luta pelos direitos da população ao serviço público e que o governo Bolsonaro é inimigo dos direitos da população”, afirmou. Elenira.
O Fonasefe vai se reunir neste sábado (02), às 10h, para avaliar a reunião e construir uma nota conjunta.
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