Na manhã desta quarta-feira (13), o Sinasefe Brasília participou de mais uma reunião com a reitoria para tratar da greve dos servidores. Desta vez, foi assinado o acordo de reposição dos dias não trabalhados para os docentes e técnicos do Instituto que aderiram ao movimento paredista. Um dos principais ganhos, fruto do diálogo entre servidores e reitoria, foi um termo que não prevê corte de ponto para nenhum trabalhador.
Nos próximos 15 dias, o Sindicato vai realizar um levantamento do número de pessoas que aderiu ao movimento paredista, que será encaminhado à reitoria. A partir disso, será realizado um plano de reposição com as chefias imediatas e coordenações de curso, que poderá contemplar uma série de atividades, tanto para docentes quanto para técnicos.
“De maneira geral o acordo foi muito bom, contemplou tudo o que foi discutido e que era angústia dos servidores. A reitoria teve sensibilidade em ouvir o que a gente levou, conseguimos subir a carga horária de reposição em cursos para 40% das horas não trabalhadas no caso da reposição dos técnicos, por exemplo”, explica a secretária de Comunicação do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha.
Quanto ao projeto integrador, um dos pontos de reposição previstos no acordo, Camila afirma que os docentes podem se reunir e criar esse evento e que tanto professores quanto técnicos podem utilizar horas de trabalho em atividades como os JIFS e o Conecta.
“Não conseguimos nosso reajuste, já sabemos que não há negociação com esse governo, mas tivemos um ganho político muito grande, o aumento de pressão quanto ao orçamento, e a certeza, principalmente para a categoria de saber que podemos continuar nos mobilizando pelo que a gente acredita ser uma educação de qualidade”, afirmou a sindicalista.
Dimitri Assis Silveira, coordenador geral do Sinasefe Brasília, concorda com Camila. “ É uma vitória da nossa categoria, pois mostra que a luta conquista e nesse caso, esse acordo significa e aponta para os servidores mais tranquilidade para qualquer outra paralisação e movimento de greve, pois indica que a reitoria tem disposição em dialogar mas sobretudo que o sindicato e o comando de greve conseguem conduzir a luta de forma a conquistar seus objetivos. Em próximas atividades, a categoria estará mais tranquila em aderir ao movimento sem o receio de ter seu direito de greve pisoteado com corte de ponto e consequentemente de salário. Isso é um ganho enorme, sobretudo para os técnicos poderem participar mais ativamente do conjunto de ações do sindicato”, afirmou.
Dimitri também relembrou que as negociações se iniciaram antes mesmo do início da greve e continuaram ao longo do movimento, sempre com o canal de diálogo aberto entre sindicato, comando de greve e reitoria. Para o dirigente, o acordo é importante porque mostra a organização da categoria para negociar e fazer a mobilizações de forma dialogada com a sociedade sobre a importância da pauta de recomposição salarial e do orçamento do IFB.