Greve no IFB continua

O movimento paredista iniciado em 3 de abril ainda não alcançou seus objetivos e segue com grande adesão em Brasília e em outros Institutos do país 

Apesar do “acordo” assinado por uma entidade sindical sem representatividade na base ou na legislação, os servidores da educação federal continuam em greve. A decisão aconteceu tanto em nível local, com as assembleias em cada estado, quanto nacionalmente, na última plenária nacional do Sinasefe, que aconteceu dia 26/5.

No DF, a deliberação foi massiva. A maioria esmagadora dos servidores não aceita a proposta do governo. Mais de 400 pessoas participaram da assembleia híbrida, na última sexta-feira (24) no campus Estrutural ou pelo google meet. Esse também é o posicionamento da ampla maioria das seções sindicais que estiveram presentes na plenária Nacional do Sinasefe. Com a participação de 98 seções sindicais, o pleito teve apenas dois votos favoráveis à aceitação da proposta.

“Nessa segunda-feira (27), o governo marcou uma nova mesa de negociação com os docentes, para o dia 3 de junho. Apesar de ter afirmado que já havia encerrado as propostas, a força da greve obrigou a continuidade desse processo negocial. A assinatura do termo de acordo com o Proifes Federação é uma prática antissindical e desrespeitosa do governo Lula porque o Proifes não tem carta sindical e é impedido por decisão judicial de representar a carreira EBTT em todo o território nacional”, afirmou o coordenador do Sinasefe Brasília, Lucas Barbosa.

O Sinasefe Nacional já entrou na justiça para tirar o efeito da assinatura do acordo com o PROIFES. Hoje, mais de 560 unidades da Rede Federal de Educação continuam paralisadas.

Por que continuar?

Apesar das melhorias que foram conquistadas ao longo da greve, o governo federal não avançou em pontos que são primordiais para o conjunto dos servidores e que não têm impacto financeiro, como  os diversos decretos publicados pelo governo Bolsonaro que seguem vigentes e precisam ser revistos a exemplo da  portaria 983 e das instruções normativas 54 e 66.

Além disso, não há, até o presente momento, nenhuma data sobre nova mesa de negociação da carreira PCCTAE e a unidade é uma das grandes bandeiras desta greve. Se as demandas dos TAES não forem atendidas, toda a categoria permanecerá paralisada.

Também não houve resposta sobre a recomposição orçamentária nos Institutos Federais, que é primordial tanto para a continuidade das instituições que já existem, quanto para arcar com o projeto de expansão anunciado pelo governo federal.

A greve continua porque quem determina o fim da greve são os servidores em assembleia, representados legitimamente e legalmente pelo SINASEFE, e qualquer outro acordo assinado não tem validade.

“A mobilização além de continuar deve se intensificar a partir de agora. Só a continuidade da nossa luta vai garantir que ninguém fique para trás e que possamos defender mais do que o reajuste salarial. Claro que essa é uma pauta muito importante para a categoria, mas não é a única. Como falamos desde o começo, a nossa greve é pela educação federal e vamos defender de forma intransigente a recuperação das nossas instituições”, explicou Lucas.

Quer se filiar ao Sinasefe Brasília e fortalecer a mobilização da nossa categoria? Acesse o link (https://sinasefebrasilia.org.br/sindicalize-se/) preencha a ficha e envie para o e-mail: sindicato@sinasefebrasilia.org.br.

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