Na noite desta quinta-feira (04), aconteceu a primeira roda de conversa com candidatos ao Conselho Superior do IFB (Consup). Realizada pelo Sinasefe Brasília, a atividade contou com a participação de cinco servidores que pleiteiam a tarefa de representar os técnicos administrativos na maior instância deliberativa do Instituto. Na noite de hoje (05), a partir das 19h, os candidatos a representação docente também terão espaço para apresentação de propostas e diálogo com os demais servidores. As eleições acontecem na próxima segunda-feira (08).
A dinâmica do evento contou com momentos de apresentação pessoal e de propostas, perguntas e respostas e considerações finais. O coordenador do Sinasefe Brasília, Lucas Barbosa, conduziu a atividade, que aconteceu de forma virtual pelo aplicativo Google Meet.
Nestor Luciano, do IFB campus Taguatinga, foi o primeiro a se apresentar. A ordem foi definida por sorteio. O servidor afirmou que seu objetivo representando os técnicos no Consup é reduzir a disparidade entre as carreiras. O candidato falou sobre a diferença nos editais de afastamento entre docentes e técnicos e também abordou a necessidade de aumentar a representatividade dos TAE’s no Conselho Superior.
O candidato também criticou a atual forma de ingresso dos discentes, que acontece por meio de sorteio. “Toda e qualquer seleção tem uma prova, (o IFB) está parecendo uma instituição filantrópica. Sejamos inclusivos mas não precisa ser tão inclusivo”. Nestor também defendeu uma maior integração entre os campi.
Reginaldo Ramos, do campus Planaltina, relembrou que já esteve na coordenação do Sinasefe Brasília, onde participou de duas grandes greves, nas quais os Técnicos Administrativos conquistaram os últimos aumentos salariais, até então nos governos Lula e Dilma. “Tivemos algumas conquistas quando eu estava coordenador do Sindicato, como as 30 horas para registro acadêmico e biblioteca”. O candidato, que já foi membro do Consup, afirmou que entrou novamente no pleito por amor e dedicação ao IFB.
Já Higor Silva Leite, do campus Riacho Fundo, afirmou que sua candidatura foi resultado de conversas com colegas, que acreditam que seus posicionamentos poderiam ser aproveitados na defesa enquanto conselheiro. O servidor afirmou que, a visão que se tem dos técnicos, muitas vezes, é que esses trabalhadores estão ali para servir aos docentes, equanto que a burocracia e o organograma da Instituição pressupõe que exista uma organização e não uma hierarquia. “Essa distorção gera assédio de várias formas e uma das minhas propostas é a criação de um comitê para apurar denúncias de assédio, já ouvi relatos dos mais absurdos, de uma verdadeira desumanidade”. Para o candidato, o fato dos técnicos serem enxergados como “serviçais”, gera uma cultura que está muito errada e essa foi a maior motivação para que ele concorra ao cargo de conselheiro.
Samuel Assis, do campus Estrutural, destacou a sua experiência em vários campi, e as especificidades de cada um. “Defendo a educação pública e de qualidade e a valorização dos servidores do IFB. Enquanto membro do Consup, pretendo levar as demandas dos técnicos e também levar aos técnicos as deliberações do Conselho. Algumas decisões, como por exemplo, um calendário acadêmico, não chegam até mim, mas passam por lá. Então eu quero aproximar os TAE’s das decisões tomadas no Consup”. O candidato também defendeu a melhoria nas condições de trabalho, especialmente nesse momento de trabalho remoto.
Mais de 30 servidoras e servidores do IFB estiveram presentes na roda de conversa e puderam tirar dúvidas, expor questionamentos e dialogar diretamente com os candidatos presentes. Ainda foram abordados temas como as limitações dos conselheiros na tomada de decisões, representatividade da carreira, teletrabalho, dentre outros.