Classe trabalhadora mostra força em ato nacional contra a PEC 32

Em resposta à ofensiva do governo Bolsonaro, que tenta de todas as formas destruir o patrimônio do povo brasileiro e os direitos da população, servidores/as públicos/as de todo o país se mobilizaram nesta quarta-feira (18). Com paralisações, manifestações, assembleias e diversas atividades presenciais e virtuais, as categorias protestam contra a PEC 32, que trata da Reforma Administrativa. A proposta, apelidada de “PEC da granada”, retira direitos dos trabalhadores do funcionalismo, afeta diretamente a estrutura das instituições públicas e consequentemente precariza ainda mais os serviços prestados à população. 

Em Brasília, além das categorias do serviço público, o movimento contou com a participação de estudantes, trabalhadores do setor privado e militantes de diversos segmentos. Os servidores e estudantes do IFB estiveram presentes na atividade, que aconteceu durante o período da manhã, em frente ao anexo II da Câmara dos Deputados. 

“A PEC 32 é um ataque ao serviço público de qualidade, é tirar da população o direito a uma educação de qualidade, a uma saúde que realmente atenda às suas necessidades. A estabilidade do servidor público, um dos pontos atacados nessa PEC, não é um privilégio como o governo teima em repetir, mas a garantia do combate à corrupção dentro dos órgãos públicos, a garantia do servidor poder se manifestar, ter o direito de ir contra o que está errado dentro das Instituições”, explicou a dirigente do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha. 

A sindicalista destaca que essa ofensiva contra a população é recorrente na gestão de  Bolsonaro: “A gente está falando do povo brasileiro perdendo mais direitos com esse governo genocida, que negou a compra das vacinas e boicotou o próprio país no enfrentamento da pandemia. Não é com ódio e desinformação que se governa”, afirmou Camila. 

O professor do IFB, Paulo Cabral, ponderou que é necessário unificar cada vez mais as categorias do serviço público para lutar contra a Reforma Administrativa “A nossa luta precisa ser fortalecida. Precisamos defender que a população tenha acesso ao serviço público de qualidade, como estamos precisando tanto agora nesses tempos de pandemia. Para garantir a continuidade desses serviços, precisamos derrotar a PEC 32”, afirmou. 

A proposta está em tramitação na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, onde pode ser votada ainda esse mês. Se for aprovada, a PEC vai para apreciação no Plenário da Casa, o que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), espera que aconteça no início do mês de setembro.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *