“Não podemos deixar esse fato cair no esquecimento”, afirma professor do IFB sobre assassinato racista no Carrefour.

Em memória de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, assassinado covardemente em uma unidade do Carrefour, manifestantes realizaram ontem (26), um protesto anti racista em frente a um dos supermercados da rede, localizado na 402 Sul. Organizada por vários coletivos negros, a atividade teve o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a motivação racista do crime contra João Alberto, que no momento de sua morte não apresentava risco e nem possibilidade de se defender. 

“Não podemos deixar esse fato cair no esquecimento. Atividades como essa tem por fim mostrar que o racismo está na estrutura da sociedade. Não foi apenas pela memória do Beto, mas uma denúncia sobre as instâncias nas quais o racismo opera, precisamos continuar esse debate e avançar no combate ao racismo”, explica o professor do IFB Lucas Babosa, que esteve presente no ato. 

Além de falas e cartazes, o protesto pacífico também contou com um ato simbólico pelos sete dias da morte de João Alberto, com caixão, velas e orações. Músicas que abordam a luta e a resistência do povo negro foram ouvidas e cantadas em frente ao supermercado, que fechou as portas logo no início da manifestação. Em torno das 20h30, o ato chegou ao fim. 

Outras cidades brasileiras também tiveram atividades similares nos últimos dias. Desde a morte de João Alberto, no dia 19/11, pelo menos quatro outras capitais realizaram protestos em frente a unidades do Supermercado: São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 

Os assassinos, Giovane Gaspar da Silva, policial militar temporário, e Magno Braz Borges, vigilante, foram presos em flagrante. Ao todo, sete pessoas estão sendo investigadas pela morte de João Alberto. As demais podem responder pelo crime de omissão de socorro. 

Foto por: Lucas Barbosa.

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