8 de março: dia internacional da mulher trabalhadora

Há exatamente um ano, milhares de mulheres coloriam o eixo monumental com bandeiras de luta. Hoje, apesar da impossibilidade de realizar uma grande atividade, as mulheres de Brasília e de todo país, realizaram uma série de atos em defesa da igualdade de gênero e contra a violência. 

A coordenadora do Sinasefe Brasília, Camila Tenório Cunha, esteve presente em uma manifestação que começou às 7h. “O nosso Sindicato apoia essa luta. Eu estou aqui como representante de todas as mulheres, não apenas as trabalhadoras da educação, mas todas as mulheres que lutam, que estão sofrendo com esse misógino no poder porque todos os misóginos se acharam no direito de ser mais violentos com a eleição de Bolsonaro. Esse dia de luta tem ainda um sentido maior esse ano, estamos em um ano marcado por assassinatos, seja pelo Covid seja pela violência nos lares”, destacou. Em 2020, houveram mais de 100 mil denúncias registradas de violência contra a mulher. 

“Desde janeiro a gente tem reunido várias mulheres do DF e entorno para o 8M unificado, é o nosso movimento que há anos vem fazendo a luta organizada. A gente organizou para o dia de hoje esse ato chamado faixaço, onde estamos em todas as cidades do Distrito Federal,com  vários movimentos de mulheres levando o nosso mote que é a vacina já, a volta do auxílio emergencial e o Fora Bolsonaro e seu governo assassino”, explicou a ativista Hellen Frida. 

Novos desafios

Além do aumento da violência contra meninas e mulheres que durante a pandemia muitas vezes se vêem trancadas em casa com seus agressores, a crise política, sanitária e econômica que o país enfrenta aumenta ainda mais a desigualdade de direitos.
O trabalho remoto e as aulas em casa sobrecarregam as mães trabalhadoras. As reformas do governo retiram ainda mais direitos das mulheres, a facilitação na compra de armas de fogo aumenta o medo e a impunidade daqueles que subjugam os corpos femininos.

Ao longo desta semana, o Sinasefe Brasília publica uma série de matérias abordando o assédio sexual, a violência contra a mulher e os desafios impostos por um governo totalitário, conservador e misógino.

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